Quem sou eu dentro do universo de mim mesma?
Uma gota no oceano de minha existência.
Tanto e tanto de mim se confunde com o outro, com o todo e com tudo que há e que ainda será criado.
Perco tempo tentando definir o indecifrável ser de que sou feita.
Estou em tudo e a tudo posso sentir e me fazer construir.
Sim, ser totalmente mutável, em crescente expansão, como deve ser todo aquele que almeja o impossível.
Se a imutabilidade existisse o nada seria sua consequência.
Tudo o que realmente existe é o que sou nesse momento, o quanto me somo a tudo, me doo e me construo.
Da matéria que sou feita me torno infinita, instável e quase que totalmente confundida com o ser e estar do Universo infinito de possibilidades.
Nosso desejo medíocre de entender o ininteligível nos faz colocar limite em tudo que entendemos. Há sempre o que não pode ser contido ou compreendido.
Há aquela porta aberta que não se pode fechar, a página que nunca se poderá virar, a dor que não cicatrizará. Fazem de mim o que sou.
Forte, doce, fraca e dura ... O que hoje é a verdade amanhã poderá apenas ser o esboço.
A verdadeira fortaleza está em lidar com as intemperanças de uma mente em expansão.
Posso fazer isso. Dentro de tudo e do nada que ainda sou.
Se ainda não há a resposta é porque a pergunta não está completa, porque a hora não é apropriada. Ainda é necessário apenas seguir com o todo. Ela estará lá te esperando assim que aquele pedaço do universo tomar conta de você, assim que conquistar mais um pouco de si mesma.
Haniel
Comentários
Postar um comentário