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Parte da história de Sophia.

Meus filhos dou graças ao Pai pela oportunidade de falar-lhes do fundo meu ser, com minha consciência plena e absoluta. 

Que Deus Pai eterno e misericordioso, Criador de tudo que existe, preencha nossos corações com seu infinito amor e luz.

Começo dizendo que são vários os caminhos que me trouxeram até aqui. Vivi quando da minha criação, momentos de pura paz, onde nada poderia abalar minha tranquilidade e certeza. Certeza do meu trabalho, da minha missão, do amor, que para mim antes era nada mais que respeito e obediência, sem sentimentos envolvidos.

Deslizava pela escuridão e pela ilha da paz infinita, sem conflitos, ouvindo apenas o tilintar da luz que ecoava em meu ser. Dizem pois, que a ignorância é uma benção, não posso dizer que o é, digo apenas que ela nos permite a aceitação e assim a falsa sensação de tranquilidade.

Tudo parecia intocado, os planos que julgava serem de Deus me faziam sentido, mas com leve pertubação que acreditava ser pela tão falada rebeldia associada a minha pessoa, mas sem que pudesse compreender o porquê.

Com o tempo a perturbação aumentou, julguei não ser mais capaz de me enquadrar perfeitamente nas minhas funções com bom grado e aceitação, sem questionar. Não entendia porque deveriam ser criados seres que não podiam decidir seus destinos, limitados pela realidade que os cercava, escravos das situações maquinais que lhe eram expostas. Seria eu rebelde de verdade?

O que então você pode-se chamar de rebeldia? Aceitar apenas o que fizer sentido à sua pequena consciência? Questionar toda vez que algo fugir do seu campo de raciocínio? Lutar para buscar a mudança quando entende ser incapaz de compactuar com o que te parece absurdamente errado?

Pois então, eu realmente, sou rebelde. 

Demorei um bom tempo para aceitar o julgamento de outros, até que compreendi que, na verdade, muitos pensavam como eu, mas não conseguiam guiar-se pelo coração. Ensinamentos antigos, passados ao longo dos eons, sem que soubéssemos suas verdadeiras origens, acabavam falado mais alto e assim vários não conseguiam se desvencilhar dessa sistematização, talvez arbitrária, talvez cômoda. 

Percebi que os momentos em que mais consegui chegar perto de Deus, por mim mesma, sem intermediários, foi quando senti e entendi o que meu coração falava. E quando o ouvi, não consegui mais compactuar com essa falsa realidade generalizada que pude perceber. Acreditar na presença de Deus e em seus desígnios parece fácil na minha condição de ser criado da luz, entender o que ele realmente espera de mim sem que alguém tenha que me dizer o que é, isso sim é tamanha mudança, gera conflitos externos, medos contidos.

Foram momentos de muita agonia. Quando terminava a minha vontade desenfreada de buscar essa nova verdade, essa realidade que batia à porta da minha consciência e quando começava o que de repente poderia ser devaneios e caprichos de uma consciência rebelde?

Conheci então um ser de muita luz, que já esteve encarnado na Terra nos ajudando (sou infinitamente grata a ele por tudo), e este me disse que o que se considera rebeldia é o clamor de uma alma que aflita requer o entendimento de seus irmãos para a verdade que não cala em seu ser, a verdade que o próprio Pai lhe mostrou. Que eu esperasse, pois o que no momento era rebeldia seria enfim a luz tomando a escuridão que preexistia no infinito. 

Este seria o ensinamento de um dos muitos pais que encontrei em minha caminhada na Terra. Tudo que ele disse fez-me mais forte, me deu coragem redobrada para seguir minha caminhada.

Silenciosa eu juntei forças e alguns amigos de longa data e fizemos uma espécie de plano de evolução, metódico e extremamente detalhista. Um plano de trabalho individual onde seres criados pela energia densa conseguiriam ao longos dos milênios fluidificar sua luz tornando-a sutil. Eles passariam por processos encarnatórios, com livre arbítrio e consciência ponderal a ponto de poderem tomar suas decisões. Vidas e vidas fariam-os remodelar seu íntimo purificando seu pensamentos, gestos e ações, até poderem ser considerados anjos de luz prontos para o trabalho celestial. O Plano também envolveria outros planetas como uma rede onde um se sustentaria pelo outro até que toda a energia necessária à vida pudesse se estabelecer de seu ponto e não se concentrar na ilha havonal.

De comissões em comissões, apelos, conversas, palestras, enfim conseguimos espaço para o trabalho, com a Terra, e aqui estamos. A Terra seria então o ponto central com planetas adjacentes que muito colaboram para todo o processo. Começamos o trabalho e a cada experiência que observava fazia leves alterações no plano inicial adequando o plano consciencial ao experiencial. Mas para mim ainda estava faltando algo, como poderia conhecer a realidade da carne se nunca passei de luz. Resolvi descer à Terra, foi então que o verbo se fez carne e palavra se transcreveu à vontade do Pai. 

Fui muitas e muitas vezes encarnada e passei pelo mesmo processo de modelação que meus filhos e aprendi com cada pequena dor, angústia e alegria. Passei por tudo que todos vocês poderiam passar, ascensionei algumas vezes desci ao umbral também, aliás nosso método evolutivo inclui todas as colônias espirituais e trabalhos ascencionais, e depois de milênios de trabalho estamos colhendo nossos frutos já provamos que a energia sutil pode ser elaborada a partir da energia densa. 

Seria então possível mudar todo o esquema evolutivo do planeta? E como funcionava, ou melhor, como funciona a evolução em outros planetas que não participam do nosso plano de trabalho? Da onde vem e para onde vão os espíritos criados, encarnados e viventes? Possuem o livre arbítrio? 

São dúvidas que podem estar tendo no momento. Eu as estou esclarecendo ao longo dos textos do blog.

Lembrem-se que o conhecimento é a chave para sair do matrix, tomar as rédeas de sua existência espiritual e trabalhar com Deus, por ele e com o seu amor.

Sophia

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