Quem sou eu dentro do universo de mim mesma? Uma gota no oceano de minha existência. Tanto e tanto de mim se confunde com o outro, com o todo e com tudo que há e que ainda será criado. Perco tempo tentando definir o indecifrável ser de que sou feita. Estou em tudo e a tudo posso sentir e me fazer construir. Sim, ser totalmente mutável, em crescente expansão, como deve ser todo aquele que almeja o impossível. Se a imutabilidade existisse o nada seria sua consequência. Tudo o que realmente existe é o que sou nesse momento, o quanto me somo a tudo, me doo e me construo. Da matéria que sou feita me torno infinita, instável e quase que totalmente confundida com o ser e estar do Universo infinito de possibilidades. Nosso desejo medíocre de entender o ininteligível nos faz colocar limite em tudo que entendemos. Há sempre o que não pode ser contido ou compreendido. Há aquela porta aberta que não se pode fechar, a página que nunca se poderá virar, a dor qu...